quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

"Toda aliança deve te deixar livre"

           Alianças são símbolos de uma união, de vidas entrelaçadas. Não de vidas presas. Alianças simbolizam o amor, a fidelidade, o compromisso. Não o confinamento.
           Existe uma enorme diferença entre querer por perto e aprisionar. Quem ama não prende, quem ama deixa livre e assim o casal segue lado a lado, não por pressão, não por obrigação, mas por vontade, por carinho, por amor na sua forma mais pura.
          Liberdade é a palavra chave de qualquer relação. "Nenhum homem é uma ilha", assim como um casal não faz o mundo. A humanidade é feita de indivíduos que vivem em conjunto, trocam experiências, jogam conversa fora, se apoiam uns nos outros, no plural, veja bem. A solidão pode ser de duas pessoas. Um casal pode ser só e sofrer por isso. As mesmas manias, as mesmas brigas incessantes, o stress cada vez maior e o sentimento de vazio permanece, apesar da companhia persistente.
          "Oi as vezes é a melhor palavra contra a solidão", mas de que adianta dizer "oi" se o seu parceiro vai te obrigar a dizer "tchau"? De que adianta sonhar se você vai ter que se limitar aos gostos e aprovações de seu cônjuge? Somos únicos, feitos de emoções, sonhos, metas, gostos e desejos. Somos nossa mente, e não a de outra pessoa. Somos nossas relações, nossas amizades, nossas escolhas. Somos o que sonhamos e o que queremos ser.
           Estar numa relação não significa se tornar o outro, significa adicionar cada vez mais, significa fazer transbordar, não apenas completar. Porque deveríamos ser por completo sozinhos, não depender de outro para ser.
           Quem ama, deixa voar. Quem ama, voa junto, apoia, incentiva. O amor verdadeiro não prende, o amor verdadeiro abre portas, abrange o mundo, une e reúne os grupos de amizade, sai por ai conhecendo o mundo. O amor verdadeiro traz sucesso, traz felicidade, traz paz. A confiança é necessária, assim como a amizade e a lealdade. A angústia não faz parte disso, muito menos o aprisionamento, porque afinal, "quando vira nó, já deixou de ser laço".

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