terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Never grow up!


Todos temos uma criança dentro de nós. Nascemos como um papel em branco e as nossas experiências vão sendo escritas com o decorrer do tempo. O que muita gente não entende é que crescer não precisa ser algo ruim. Ter maturidade não depende da sua idade. Não são apenas crianças que são felizes. 
De que adianta ter 30 anos, um bom salário, uma família e não ter senso de humor? Qual é a graça da vida sem o riso? Como viver se não sonhar? É preciso enxergar a beleza das pequenas coisas, a graça de ver o mundo colorido. É preciso contar e ouvir histórias, compartilhar brincadeiras.
 Quando crianças e adolescentes nos preocupamos em ser bons adultos, mas como adultos, não podemos deixar de ser boas crianças as vezes. Crianças com responsabilidades, maturidade, independentes, mas ainda assim... Crianças de alma, crianças de coração, crianças no amor, na amizade, no perdão. Ser uma criança por escolha.
Sobre Peter Pan: tinha razão em não querer crescer. A graça da vida está em crescer e continuar brincando, acordar e continuar sonhando. Infelizmente a idade nos faz parecidos com o Capitão Hook e seu jeito ranzinza. Suas eternas exigências e reclamações. Não deveríamos ser assim, deveríamos desfrutar da vida independente do relógio engolido, como o crocodilo. O tempo pode nos fazer amadurecer, pode nos melhorar, pode nos fazer crescer, mas não pode envelhecer o espírito.
Wendy se viu obrigada a crescer, mas isso não a impediu de se lembrar da sua infância e de ser feliz. Que exemplo!


sábado, 27 de dezembro de 2014

"Ideas are bulletproof" - V for Vendetta.


Sinopse:
O filme se passa numa Inglaterra do futuro, onde está instalado o regime totalitário. A protagonista se chama Evey Hammond (Natalie Portman), uma mulher comum porém contra o Chanceler. Em uma noite, Evey é cercada pelos Homens-dedo, que impedem qualquer pessoa de descumprir as regras, porém é salva por um homem que não passa seu nome, apenas seu codinome V (Hugo Weaving). V, com a máscara de Guy Fawkes, extremamente carismático, cavalheiro e com a ideia de acabar com a pressão do governo, convida a todos a participarem de uma revolução no dia 15 de novembro, como lembrança da traição da pólvora ("Lembrai, lembrai do cinco de novembro. A pólvora, a traição, o ardil. Por isso não vejo como esquecer uma traição de pólvora tão vil") e faz com que Evey vá descobrindo quem é e qual o seu papel nesta revolução. 

O enredo está dentro dos modelos do livro 1984 - George Orwell, escrito em 1948. 

Minha opinião: 
O interminável mistério de quem é V e qual o seu motivo é o que me fez viciar no filme. A cada vez que assisto, penso em mais possibilidades e vejo mais detalhes que me passaram despercebidos na última vez. V nos faz pensar, nos faz lutar pelos nossos direitos ("O povo não devia temer seu governo, o governo devia temer seu povo") e aproveitar a liberdade da nossa república. Evey Hammond é a representação de cada um de nós, que temos o potencial para lutar ao lado dos mais bravos e inspirar os outros. O filme não chega a ser confuso, mas mais complexo do que eu imaginei que seria. Recomendo. 


Obs: Vale lembrar que o filme foi retirado do HQ 'V for Vendetta', de Alan Moore. 

Sherlock, tem um assassino na minha sopa.

     O relógio marcava 11h15 da manhã, o trem que os levaria a Londres estava para chegar. As pessoas na estação estavam agitadas, seria uma longa viagem. 
     Watson e eu adentramos no vagão as 11h20, conforme o previsto, avistei o maquinista e seu cabelo grisalho, reparei no piso frio por baixo do tapete vermelho sangue e nos assentos verde musgo de couro.
 Eu estava lendo o jornal enquanto meu fiel amigo e o casal de senhores à nossa frente conversavam sobre alguma técnica de medicina quando uma moça apareceu, pálida e sem fôlego, à nossa procura.
- O senhor é Sherlock Holmes? - perguntou-me - Preciso que me acompanhe até o vagão 03.
Eu e Watson saímos às pressas. Quando chegamos havia um moço, deveria ter seus 30 anos de idade, pele morena e cabelos castanhos, deitado sobre sua sopa, sem batimentos cardíacos. 
- Ele estava sozinho neste vagão, não sei como pode ter acontecido tal tragédia - A moça estava desesperada tentando ligar para a polícia.
Vasculhei seus bolsos à procura de documentos. Encontrei sua identidade: Peter Morrison, 32 anos. 
De acordo com John Watson, Sr. Peter havia sido morto por envenenamento. Mais precisamente, cianeto. 
Seu terno bem cortado e sua maleta de couro legítimo indicavam que pertencia à classe alta da sociedade, enquanto a aliança mal polida em sua mão indicava problemas no casamento. Estava com expressão assustada, mostrando-me que foi pego de surpresa em seu momento de morte. 
       Inspetor Lestrade e os demais membros da Scotland Yard chegaram na próxima estação para averiguar a cena do crime. A princípio, acharam que aquilo fora suicídio. (Sem vestígios do veneno nas mãos, nenhuma pista de onde o frasco poderia estar. A janela estava fechada e a poeira no parapeito não indicava que havia sido aberta nos últimos dias. Não podia ser suicídio. Alguém no trem havia colocado o cianeto em sua sopa antes de ser entregue. A questão é: como a pessoa sabia qual pote de sopa iria para Sr. Morrison?)
       A princípio nos interrogatórios, apenas uma moça alegou ter conversado com ele: a garçonete. Diana Smith, 25 anos, trabalho temporário para ajudar o marido no desemprego. Não o conhecia até anotar seu pedido de bebidas. A mesma foi nos chamar alegando a morte do homem. 
       Ao averiguar a cabine seguinte do homem morto, reparei que a mesma estava vazia. A garçonete
disse-nos que o passageiro estava no banheiro devido à má digestão. Decidi esperá-lo. Examinei cada canto da cabine, não havia indício algum de que o passageiro poderia ser o assassino. Dentro de sua maleta havia apenas um livro, óculos e uma roupa de troca. 
       Enquanto esperava, percebi que o homem ao lado parecia o maquinista. Ele estava com sua esposa e os dois alegaram não conhecer o Sr. Morrison. A mulher ainda tinha uma aliança, porém o homem não. Disse-me, quando perguntei, que havia perdido na viagem. O que notei de diferença é que quando voltei a falar com os dois, a mulher havia retirado sua aliança. Encontrei em sua cabine um frasco com gotas de cianeto. 
       Quando a polícia os prendeu, ela confessou o crime: Ela tinha um amante e não queria perder os bens adquiridos no casamento. Planejaram que morresse apenas quando chegassem a Londres, porém Sr. Peter reconheceu sua mulher e tiveram que agir às pressas. Voltamos à Baker Street, 221 B para resolver o próximo caso. 







Fanfic por: Tainá Matiello. 

Night Changes

Carta para o meu músico ignorante.          


       O mundo é todo feito de mudanças.. Isso assusta bastante.
       Posso dizer que seis meses atrás eu tinha um medo imenso de tudo mudar entre nós dois. Uma viagem de um ano? Quanto mudaríamos? Quanto cresceríamos? Você foi pra um lugar diferente, com cultura e costumes diferentes, enquanto eu fiquei aqui crescendo e mudando com o tempo.
      Acontece que em uma única conversa eu percebi que nós já havíamos mudado tantas vezes, nos conhecido tantas vezes... Não seria agora que não iríamos nos amar novamente.
      Talvez você me mate por essa música, por não ser o seu estilo, mas esse refrão acabou com qualquer incerteza minha. No meio do ano estarei no aeroporto, te esperando chegar, esperando pra te conhecer de novo, pra que você me conheça mais uma vez. Não tenho mais medo das mudanças, eu sei que nosso sentimento não muda. Nossa essência não muda.
     Sei que somos diferentes de qualquer coisa que eu já vi algum dia. É difícil encontrar alguém que me conheça tão bem como você conhece, que goste de mim mesmo me conhecendo dessa forma... Eu não consigo me separar de você, dessa nossa história. Eu não vou aceitar ceder a qualquer tendência que a sociedade nos imponha, não vou aceitar a minha vida sem a sua estar entrelaçada.
     Não sei quanto ao seu lado da experiência, mas não tenho outra pessoa com quem me sinta tão a vontade em qualquer sentido, seja para conversar e não parar mais ou para simplesmente ficar em silêncio lado a lado, apenas pensando e refletindo. Acho que estou apaixonada por essa irmandade, por essa amizade, por essa lealdade.
      O Brasil está chato sem você, sem nossos risos, sem você na minha casa me irritando e me derrubando da cama, sem eu na sua casa com os seus cachorros, sem ter com quem sair pra não fazer nada, sem qualquer mania irritante sua. Então por favor, volte logo.


                                                                           Com carinho, da sua ignorante. ♥