sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O segredo da vida

   Saber quem somos não é uma tarefa tão fácil quanto parece. Leva tempo, paciência e resistência. Requer coragem. Se conhecer não é apenas conhecer suas preferências ou características físicas. É preciso mergulhar até o fim do iceberg (e ele é bem grande) para conhecer seu interior. 
   Quando vemos um mendigo na rua, por exemplo, podemos sentir pena, perplexidade, solidariedade ou até mesmo raiva. O que faremos a seguir? Ajudamos com dinheiro, compramos comida ou o mandamos procurar um trabalho digno? A resposta a essas perguntas nos diz quais são nossos princípios, baseados em nossas experiências, sejam essas vividas ou apenas passadas através de gerações. 
   Como reagimos à homossexualidade também nos diz um pouco de quem somos. Pessoas contrárias à ideia geralmente são mais tradicionais e menos abertas a possibilidades ou religiosas ao extremo. A religião também é um fator importantíssimo. Os fanáticos geralmente são aqueles que procuram algo em que se apoiar, seja por um problema ou na espera de uma grande recompensa, enquanto os indiferentes geralmente são os mais satisfeitos com a vida que levam ou querem ser independentes até mesmo de uma força divina. Veja bem, não existe certo e errado, existem opções, caminhos diferentes. 
   A forma de encarar uma amizade reflete muito nossa personalidade. Há quem acredite e quem desacredite em amizade verdadeira, irmandade além do parentesco e assim vai. Geralmente os desacreditados tem seus motivos e, em grande parte, uma ferida não cicatrizada, um medo de se machucar. 
  O auto conhecimento não necessita de uma aceitação, na verdade outra forma de nos conhecermos é a reação quando não gostamos ou queremos melhorar em algo. O que fazemos em relação aos nossos defeitos e como compartilhamos nossas qualidades.
 Nos conhecemos no momento de uma decisão e quando estamos sozinhos, desocupados em corpo e mente. Nos conhecemos em cada passo, em nosso círculo de amigos e nos discursos filosóficos. Olhar para dentro pode assustar mais que um filme de terror. 

 "As pessoas tem medo do que tem dentro delas, mas só ali vão encontrar as respostas de que precisam" (Poder além da vida)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Nas coisas mais lindas

    Não ame para sempre, porque o "pra sempre" sempre acaba, ame pela imortalidade de Cássia Eller e Chico Buarque. Ame estranhamente como Nando Reis e loucamente como Cazuza. Ame com a suavidade e gentileza de Caetano e construa o sentimento com a mesma métrica de "Construção". Buarque-se no amor. Como Renato Russo, ame o amor sabendo que sem ele, nada seria. 
   Quebre preconceitos e tabus, descubra que o amor não mede sexo, raça ou estereótipos, descubra a verdade nua e crua sobre amar; ser um Eller na essência é bonito.
   A voz de Maria Bethânia combina com a força delicada do sentimento. 
   Inspire-se em Elis Regina e romantize como Edith Piaf. 
   Momentos são relicários, viva e guarde-os. Reviva e passe a lembrança adiante. Compartilhe o amor. Bete Balança, meu amor, balança esse amor. Aja como se o mar entrasse em casa, lavasse as mágoas e trouxesse calma. 
   O segundo sol pode não aparecer, mas não deixe que o amor perca seu encanto, não deixe que se tornem apenas palavras pequenas, ao vento. Ame como antigamente, o amor não pode ser descartável, o mundo está ao contrário e ninguém reparou. 
   É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há. 

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

De repente, você.



O amor nunca acontece da forma que imaginamos. Ele não nos traz paz, conforto e não nos aceita como somos. Não faz as coisas apenas do jeito certo e não anda em linha reta. 
Amor é quando as coisas dão certo mesmo dando tudo errado. Quando o outro não apenas nos completa,  nos transborda. Faz da nossa vida uma montanha russa. Nos faz ver o mundo de uma forma diferente e intensifica as cores da paisagem. O amor nos faz querer ser melhor do que somos. 
Os contos de fadas nos fazem acreditar em um "felizes para sempre", mas nunca paramos pra pensar que a eternidade é feita por instantes. Momentos de tirar o fôlego, de serenidade, de alegria e tristeza.
 Não é certo procurar alguém visando apenas o futuro. Aliás, o amor não se procura e é isso o que o torna tão bonito. Quando conhecemos alguém que nos faca viver o agora, estamos trilhando o melhor caminho. Quando o abraco se torna um abrigo, um lar. Quando o cheiro é identificável e nos atrai. Quem amamos é como uma heroína feita sob medida, nos faz querer cada vez mais.
Talvez amar seja uma caixinha de surpresas, como estou aprendendo, mas você faz com que todas sejam boas, como se fosse a primeira vez.